Até o final deste ano, todas as 62 mil escolas da rede pública de ensino do Brasil localizadas nas áreas urbanas terão banda larga. A informação é do assessor da diretoria de tecnologia do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Wellington Mozarth Moura, que diz que o próximo desafio do órgão, ligado ao Ministério da Educação (MEC) é conectar os estabelecimentos que estão em regiões remotas.
A entrega de banda larga nas escolas faz parte das metas de universalização negociadas entre o governo federal e as operadoras de telecomunicações. Moura informa que em três anos cerca de 56 mil escolas públicas já receberam o serviços, restando aproximadamente 6 mil para que as teles cumpram a cota dos 62 mil estabelecimentos exigidos.
A próxima etapa agora é atender às escolas que estão em áreas rurais, que são mais de 100 mil. Desse total, apenas 7 mil receberam acesso. Apesar de o número ser maior que as das regiões urbanas, o técnico diz que elas concentram menos estudantes.
“Aproximadamente 85% dos alunos da rede pública de ensino estão em escolas urbanas e apenas 15% estudam em escolas rurais”, esclarece Moura. Ele explica que o desafio de conectar as escolas rurais é maior por causa da falta de infraestrutura de rede.
De acordo com o assessor do FNDE, o MEC está tentando dar acesso internet para as escolas rurais por meio do programa de inclusão digital Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC), que licitará cerca de 17 mil pontos por meio de satélite.
Porém, ele afirma que o Brasil não tem capacidade satelital para atender toda essa demanda. O governo espera resolver esse problema com a venda das frequências de 450 MHz, que entrega banda larga por meio das redes 3G.
Como as teles não demonstraram interesse for essa faixa e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sinalizou durante o Painel da Telebrasil, realizado esta semana, que avalia meios de obrigar as operadoras a atenderem as regiões rurais.
Outros desafios
Além de entregar acesso para escolas rurais, o MEC quer aumentar a velocidade dos acessos. De acordo com Moura, apenas 30% das cerca de 56 mil escolas já conectadas têm conexão acima de 2 Mbps. Os 70% restantes navegam na rede com 1 Mbps. “Temos que ter um planejamento para gerenciar o acesso e usar a internet de forma inteligente”, conta Moura.
Outra lição de casa do FNDE é entregar conteúdo e computadores tanto para os professores quanto para os alunos. O órgão criou o portal do professor e o governo está tentando implantar do programa do laptop educacional, que entrou na segunda fase, incentivando os Estados e municípios a comprarem os portáteis com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
Nenhum comentário:
Postar um comentário