An�lise: Empresas lucram com padr�es de navega��o

DALTON MARTINS
ESPECIAL PARA A FOLHA

Nos ?ltimos anos, avan?os na arquitetura da rede e na maneira de criar aplica??es fizeram com que a internet dominasse o universo das redes de computadores e aumentasse o n?mero de servi?os que podemos usar pela rede. Essa nova web, a 2.0, prop?s uma nova maneira de armazenar os dados, possibilitando que aplica??es e dados pudessem rodar em servidores ? dist?ncia.

Mas, se nem todas as empresas cobram pelo acesso aos servi?os ou pelo uso do espa?o, que vantagem levam ao guardar nossos dados e fornecer os aplicativos?

A vantagem e o interesse dessas companhias est?o no fato de terem acesso privilegiado aos padr?es de uso que fazemos em suas plataformas, j? que, ao navegar, deixamos rastros que podem ser analisados por potentes algoritmos. Quando usamos o Facebook, por exemplo, navegamos por comunidades, expressamos opini?es e vontades, al?m de informarmos dados como filmes de nossa prefer?ncia, idade e e-mail.

Esses tipos de conte?do podem ser analisados e mostram para as empresas informa??es sobre nossos gostos, por exemplo. Assim, as companhias podem nos indicar algo apropriado e lucrar pelo servi?o de intermedia??o.

Mas nossas informa??es est?o seguras? Ao analisar essa situa??o, ? importante entendermos que dificilmente nossos dados individuais est?o sendo vigiados por um outro ser humano, sentado em sua m?quina e anotando todos os nossos passos pela rede. Para que esse modelo de neg?cios funcione, as empresas precisam trabalhar por amostras, por an?lises de grandes massas de dados que apontem tend?ncias de forma autom?tica. S?o seus algoritmos que percebem padr?es e indicam servi?os.

A seguran?a na nuvem ? uma rela??o de confian?a e aposta na empresa que presta os servi?os. Ao aderir a um novo servi?o do tipo, ? importante ter consci?ncia de que se est? alimentando algoritmos de an?lise de padr?es e fazendo parte de uma multid?o conectada.

DALTON MARTINS ? doutorando em ci?ncias da informa??o na ECA-USP e coordena projetos na Escola do Futuro, tamb?m da USP

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