Em meio a crise, S�ria fecha-se para a Internet

O governo da Síria desligou todos os serviços de Internet do país, afirma uma empresa de monitoramento de redes dos Estados Unidos.

A empresa Renesys informou que, a partir das 7h da manhã desta sexta-feira (3/6) - 8h da manhã em Brasília (DF) -, perto de dois terços de todas as redes da Síria tornaram-se repentinamente inacessíveis a partir da Internet global.

Em apenas 30 minutos, 40 das 59 redes da Síria tiveram suas rotas retiradas da tabela global de roteamento, afirmou o principal executivo de tecnologia (CTO) da Renesys, James Cowie, em blog corporativo.

A derrubada afetou todas as redes móveis de dados 3G da SyriaTel, bem como vários provedores de acesso do país, como Sawa, INET e Runnet.

Também foram derrubadas a página da prefeitura de Damasco e o site da alfândega. As únicas redes que parecem estar acessíveis de alguma forma são um punhado de redes do governo, como as que pertencem ao Ministério do Petróleo, observou Cowie.

"Não sabemos ainda como a queda foi coordenada, ou se algumas regiões ou cidades específicas foram mais afetadas que outras", escreveu Cowie. "Se o Egito e a Líbia servirem de exemplo, podemos concluir que as manifestações de rua na Síria estão chegando a um ponto máximo."

De acordo com o Washington Post, um site sob responsabilidade do governo confirmou que todos os serviços 3G, DSL e de linha discada foram desconectados por toda a Síria.

A tendência de governos, especialmente do Oriente Médio, de derrubar a Internet em tempos de crise tem levantado as preocupações de grupos de direitos civis nos Estados Unidos em relação a liberdade de expresão.

Alguns grupos, como o Demand Progress e Computer and Communications Industry Association, temem que a mesma coisa poderia ocorrer nos EUA.

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