Depoimento: Nuvem n�o consegue superar o velho Paint

ALEXANDRA MORAES
EDITORA-ADJUNTA DA ILUSTRADA

Quando aceitei o desafio de Tec de viver uma semana "na nuvem", pensei duas bobagens: que seria f?cil e que eu j? fazia isso em boa parte do tempo.

No primeiro dia, entendi o qu?o fora da nuvem eu estava. Preparar uma planilha de plant?es foi a primeira derrapada --fui direto ao Excel.

Dei meia-volta e abri uma planilha no Google Docs. Para quem passa o dia todo de navegador aberto, ? at? mais f?cil do que percorrer o caminho at? o programa no computador.

A segunda derrapada ? mais dif?cil de explicar e exige um certo grau de intimidade. Portadora de um tumblr de humor interneteiro, eu alimento o site com arquivos em JPEG criados e modificados no glorioso e lo-fi Paint.

Mantive a rotina: abri o programa, mexi, salvei e, quando me lembrei do desafio da nuvem, j? havia perdido a segunda batalha.

Voltei ? internet. Encontrei tr?s op??es interessantes ao Paint: Canvaspaint, Sumo Paint e Pixlr. Este ?ltimo eu j? havia usado para tratar fotos em viagem com um netbook caduco. Na ocasi?o, aguentou bem.

Desta vez, o Sumo Paint se saiu melhor --mais r?pido, menos burocr?tico e com todos os recursos b?sicos de tratamento de imagens e desenhos-- e serviu ? fabrica??o das imagens que acompanham este texto.

Ocorre que os textos do site O Pintinho (opintinho.com.br) s?o escritos em Fixedsys, a fonte mais velha do Windows. E os programas mais ? m?o para a edi??o de imagens e desenho on-line, mesmo emulando bem o Paint, traziam ?s vezes longas listas de fontes sem nada que lembrasse a Fixedsys. Tive de me conformar. Duro mesmo foi descobrir que, para tratar e editar o Pintinho, n?o foi s? a Fixedsys que fez falta.

? incr?vel e parece coisa da incorre??o pol?tica dos piores shows de com?dia stand-up brasileira declarar que um programa da Microsoft --o Paint!-- pode ser melhor que a internet inteira. Mas ?.

Ilustra??o feita por Alexandra para o *Tec*Ilustra??o feita por Alexandra para o Tec

Os editores de imagens da internet, em Java ou Flash, nem sempre d?o certo. Cortar e colar pode ser um tormento. Pintar uma fogueira com a destreza manual de uma crian?a de tr?s anos exige um pouco menos que o trabalho que Mois?s deve ter tido pra abrir o mar Vermelho.

Exagero, ? claro. E tenho a? uns graus de defici?ncia no trato com programas mais sofisticados de edi??o de imagens, podemos relativizar. Mas o fato ? que a nuvem, ub?qua, ainda n?o conseguiu abarcar por inteiro o reino da tosqueira que ? o Paint.

Vamos em frente. Editamos imagens nos sites citados, redigimos documentos no editor do Google e ali tamb?m criamos planilhas que podemos abrir ou imprimir em qualquer lugar. ? a vantagem absoluta da nuvem. Ouvimos m?sica ? vontade --rand?mica no Blip.fm, ? la carte no Grooveshark.

Mas a m?sica ficou menos port?til: o iPod shuffle, off-line, teve de ser desligado. No celular, a m?sica e os v?deos ficam condicionados ? boa vontade do 3G brasileiro. E ? a? que o cen?rio come?a a ficar nublado de verdade. (Este texto, ainda sob o desafio da nuvem, foi escrito e medido no lettercount.com).

SEIS POR MEIA D?ZIA

NO LUGAR DE Word e Excel
USEI Google Docs e Lettercount
VEREDICTO Depois do Google Docs, nem parece que o Word ainda existe; para contagem r?pida de caracteres fora do Docs, o Lettercount resolve bem

NO LUGAR DO iTunes
USEI Grooveshark e Blip.fm
VEREDICTO Programa que j? n?o ? grande coisa, o iTunes fica sem fun??o se o iPad n?o tem rede; Grooveshark e Blip d?o conta de quase tudo na web --a depender do grau de exotismo dos sons

NO LUGAR DE Paint e IrfanView
USEI Sumo Paint e Pixlr
VEREDICTO Faltou a fonte Fixedsys, faltou entrosamento, mas o Sumo Paint deu conta do servi?o. O Pixlr, para edi??o r?pida e caseira de fotos, ? bom

Livraria da Folha

Asus vender� netbooks com Ubuntu

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Falta de m�o de obra qualificada � desafio para produ��o nacional do tablet, dizem pesquisadores

UOL TecnologiaFalta de m?o de obra qualificada ? desafio para produ??o nacional do tablet, dizem pesquisadores04/06/2011UOL Tecnologia - Da Reda??o4@UOLTecnologia #UOL

O Brasil deverá ter que contornar a indisponibilidade de força de trabalho qualificada para conseguir implantar uma indústria nacional de tablet até 2014, conforme cronograma estabelecido esta semana pelos ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Para o pesquisador João Maria de Oliveira, do grupo que estuda economia da informação no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), “nós não temos mão de obra qualificada para dar suporte à continuidade do processo de instalação” do tablet, o computador portátil em forma de prancheta e com tela sensível ao toque.

“A nacionalização vai demandar grandes esforços para formação de mão de obra”, concorda Rogério César de Souza, economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Ele considera a disponibilidade da força de trabalho para a indústria de ponta no Brasil “uma questão bem delicada do nosso desenvolvimento, ainda a ser resolvida”.

“Acredito que existe, atualmente, um déficit de mão de obra em quase todas as áreas de atuação, o que, com certeza, implica em certa dificuldade de encontrar profissionais interessados e qualificados para o desenvolvimento e produção da indústria de tablet”, confirma Fábio Bedran, gerente administrativo da empresa mineira MXT, que anunciou a fabricação do aparelho para o mercado corporativo.

Conforme Bedran, a produção de tablets exige a contratação de engenheiros elétricos, engenheiros de radiofrequência e engenheiros de telecomunicação, para o desenvolvimento dos dispositivos do aparelho, e também de pessoas formadas em ciência da computação e sistema de informação, para o desenvolvimento de aplicativos e programas.

Além do projeto, há o processo de fabricação do equipamento. Nessa fase, é preciso engenheiros de controle e automação e, para a fase de testes, é preciso de mais bacharéis em ciência da computação e de técnicos de eletrônica. A linha de montagem, que usa robôs e não é intensiva em mão de obra, e a linha de finalização do produto exigem trabalhadores com ensino médio.

A estimativa do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia é que o Brasil tem um déficit de 20 mil engenheiros por ano. A ausência dos engenheiros e de outros profissionais para o desenvolvimento de projetos e processos de fabricação do tablet pode forçar a importação de força de trabalho, como admitem a Associação Brasileira da Industria Elétrica e Eletrônica e o próprio Ministério da Ciência e Tecnologia.

Para o secretário de Política de Informática do ministério, Virgílio Almeida, outra possibilidade é “treinar profissionais fora do país e trazê-los de volta para operação das fábricas mais sofisticadas”. Segundo ele, “o MCT vai procurar criar programas que apoiem as empresas a fazer isso”.
A Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) são consideradas centros de excelência para a formação, em nível superior, de mão de obra para a indústria de tablet.

Quanto às necessidades de formação de mais técnicos em eletrônica, a oferta de cursos está sendo verificada pelo Ministério da Educação, para preparar a implantação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), ainda a ser votado no Congresso Nacional.

Na opinião do pesquisador João Maria de Oliveira, do Ipea, “o Pronatec ajuda”, mas a decisão sobre a formação de mais profissionais deve seguir uma estratégia de l5 anos, que indique até duas áreas de prioridade para a indústria nacional de tablet, nas quais o país possa se tornar mais competitivo a longo prazo.

YouTube inaugura biblioteca para videos sob licen�a Creative Commons

Conforme anunciou na última quinta-feira (2/6), o YouTube criou uma biblioteca de vídeos que contam com a licença Creative Commons, ou seja, podem ser incorporados, distribuídos e editados pelos usuários – desde que não sejam usados com fins comerciais.

Como parte do lançamento, os internautas poderão marcar seus vídeos com a licença CC-BY, “que permite que outras pessoas os compartilhem e os modifiquem, sendo obrigadas, porém, a dar o devido crédito ao autor”, afirmou Stace Peterson, engenheira de software do portal, via blog oficial.

Segundo ela, o YouTube - em parceria com organizações de mídia, tais quais a C-SPAN, a Public.Resorces.org, a Voice of America e a Al Jazeera, dentre outras – planeja oferecer mais de 10 mil vídeos que atendem aos princípios da Creative Commons.

Para encontrar esse material, os usuários deverão entra no editor do YouTube e selecionar a aba “CC”. Mais informações sobre as licenças Creative Commons podem ser encontradas na página de ajuda do site.

Alog vai ajudar na definição dos padrões de segurança

Data center brasileiro integrará o conselho internacional do PCI, que estabelece boas práticas para transações com cartão de crédito.

A Alog Data Centers anuncia que é a primeira fornecedora de cloud computing do Brasil a participar do PCI Security Standards Council, conselho internacional que determina os padrões e boas práticas de segurança da informação para a indústria de cartão de crédito.

Com o acordo, a Alog vai auxiliar na definição de normas e ajudar a entidade a divulgar o Payment Card Industry Data Security Standard (PCI DSS), padrão de segurança adotado pelas principais bandeiras de cartão de crédito do mundo, visando diminuir o número de fraudes.

O PCI DSS é um certificado com múltiplas facetas, que inclui o requerimento de gerenciamento seguro, políticas, procedimentos de redes de arquitetura, design de software e outros medidores críticos de proteção.

O padrão é endossado por empresas como American Express, Discover Financial Services, JCB International, MasterCard e Visa. O modelo exige que comerciantes e provedores de serviços de armazenamento de dados, processos ou transações eletrônicas sigam suas normas de segurança para garantir a integridade dos dados.

Como uma empresa participante do PCI, a Alog Data Centers terá acesso aos mais recentes padrões de segurança para transações eletrônicas estipulados pelo conselho e ainda poderá ajudar a instituição no desenvolvimento de novos modelos, tornando-se parte de uma comunidade crescente que agora inclui mais de cem empresas em todo o mundo.

  CIO Global Summit Porto Alegre 2011

Curitiba - PR
06 de Abril

Belo Horizonte - MG
09 de Julho

Campinhas - SP
04 de Agosto

Rio de Janeiro - RJ
20 de Outubro

O ITBOARD materializa a nova plataforma de conversas do Século XXI. Concentra o diálogo sobre tecnologia e inovação movido a tweets de quem está imerso nesses assuntos. ENTRE NA CONVERSA

CEO da Adobe encerra embate com a Apple em rela��o ao Flash

O CEO da Adobe, Shantanu Narayen, resolveu encerrar a discussão de sua empresa com a Apple quanto à falta de Flash na plataforma iOS – que equipa o iPod, o iPhone e o iPad.

Em palestra concedida durante o evento de tecnologia D9, organizado pelo portal All Things Digital, ligado ao jornal Wall Street Journal, Narayen também previu que o domínio da companhia de Steve Jobs sobre o mercado de tablets está próximo do fim. Segundo ele, os dispositivos com Android tomarão o lugar do iPad no setor.

A conferência foi mediada por Walt Mossberg, do Wall Street Journal. Perguntado pelo jornalista se a disputa da Adobe com a Apple chegara ao final, o CEO foi taxativo: “Definitivamente”.

Para Narayen, a questão nunca foi quanto à eficiência do Flash, mas sobre o controle que a Apple tem sobre o iOS. Steve Jobs, porém, sempre justificou a ausência da tecnologia em seus produtos pela impossibilidade de ela se adaptar devidamente às necessidades dos dispositivos móveis. Além disso, segundo o executivo, grande parte das falhas que o Mac OS X enfrenta tem o Flash como culpado.

O líder da Adobe, no entanto, rebate as acusações e inverte o jogo: diz que os maiores problemas da plataforma ocorrem por conta do Mac OS X, mas que é filosofia da empresa criar ferramentas para que desenvolvedores atuem em diversas plataformas. Essa postura é incompatível com a visão de mundo da Apple, acusa.

Ainda assim, Narayen destacou que a postura da companhia continuará a mesma. As aplicações construídas a partir do Adobe Air, exemplificou, podem ser facilmente convertidas para o iOS.

Por fim, previu a ascensão dos tablets com Android, algo que começará este ano. “O que vocês viram no mercado de smartphones, verão no de tablets. Até o fim de 2011, 20 dispositivos com o sistema serão lançados, levando a indústria para outras direções”, concluiu, lembrando que o setor corporativo ainda não foi explorado.

Ataques de hackers amea�am perspectivas da computa��o em nuvem

Os recentes ataques de hackers contra o Gmail e a PlayStation Network, da Sony, amea?am reduzir a velocidade de decolagem da nova grande tend?ncia no mundo da computa??o: a nuvem.

As companhias de computadores v?o colaborar para tratar de quest?es de seguran?a que estimulem a confian?a do mercado sobre a computa??o em nuvem. A tecnologia envolve armazenagem de dados e software em servidores para acesso pelos usu?rios via internet. O sistema tem grande apelo no mercado empresarial, em que potenciais dimens?es s?o muito maiores do que no do mercado de varejo.

"Muitas empresas t?m reservas quanto ? seguran?a da computa??o em nuvem devido ? arquitetura para m?ltiplos inquilinos e ao fato de que os provedores de servi?os em nuvem s?o grandes alvos", disse Steve Hodgkinson, diretor de pesquisa de tecnologia da informa??o no grupo de pesquisa brit?nico Ovum.

"A realidade, por?m, ? a de que os principais fornecedores de servi?os de computa??o em nuvem t?m forte incentivo para investir nos mais recentes processos e tecnologias de seguran?a, e ? prov?vel que sejam mais seguros que as empresas", disse.

A seguran?a ? uma quest?o importante no mundo da computa??o. Hackers invadiram as contas da Sony e promoveram ataques contra empresas de destaque, entre as quais a Lockheed Martin, do setor de defesa, e o Google, que apontou a China como local de origem da investida.

As preocupa??es quanto ? seguran?a podem retardar o crescimento do mercado da computa??o em nuvem, que este ano deve atingir os US$ 3,2 bilh?es somente na ?sia, ante US$ 1,87 bilh?o no ano passado, enquanto o mercado mundial poderia atingir os US$ 55 bilh?es at? 2014, de acordo com estimativas do grupo de pesquisa de tecnologia IDC.

Analistas e especialistas setoriais acreditam que seguran?a baseada em hardware oferece mais prote??o do que software com criptografia adicionada a dados nos servidores. Enquanto isso, os fabricantes de chips est?o se esfor?ando por refor?ar seus sistemas de autentica??o.

"Temos que fazer uma combina??o de coisas como criar mais e mais dispositivos de seguran?a na infraestrutura", disse Boyd Davis, vice-presidente na Intel, falando durante a Computex, em Taip?, nesta semana.

A Intel tem trabalhado desde o final do ano passado com empresas de software e de computadores incluindo Fujitsu, Huawei, Cisco, Dell, IBM e HP, em uma iniciativa entre ind?strias direcionada a tornar a infraestrutura em nuvem mais simplificada, segura e eficiente.

Enquanto isso, ARM e AMD, rivais da Intel, tamb?m est?o inserindo mais sistemas de seguran?a em seus chips e processadores, mas est?o trabalhando com diferentes parceiros.

Se houvesse um padr?o aberto a ser seguido, isso poderia ajudar a ind?stria de tecnologia a criar um sistema de computa??o em nuvem mais seguro, segundo a AMD.

"Se voc? n?o tem um padr?o aberto, pode implantar seguran?a de uma maneira espec?fica, e eu posso fazer algo incompat?vel com ela. E as aplica??es n?o conseguiriam conversar entre si", disse Manju Hegde, vice-presidente corporativo da AMD.

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